Governo dos EUA demite promotores que investigaram Trump
Promotores eram responsáveis por acusações de dois dos quatro processos aos que Trump respondeu como réu. Procurador-geral, responsável pelas demissões, d...
Promotores eram responsáveis por acusações de dois dos quatro processos aos que Trump respondeu como réu. Procurador-geral, responsável pelas demissões, disse que eles não eram mais "confiáveis para implementar a agenda do presidente". Governo Trump demite promotores federais O governo dos Estados Unidos demitiu nesta segunda-feira (27) promotores reponsáveis pelas investigações que culminaram em dois processos criminais contra Donald Trump no ano passado. A justificativa para a demissão foi de que eles não são "confiáveis para implementar a agenda do presidente". ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A Casa Branca não divulgou o número exato de demitidos, mas falou em "mais de dez". Os promotores demitidos integravam o Departamento de Justiça — equivalente ao Ministério da Justiça do Brasil — e trabalhavam com o promotor especial Jack Smith. Smith liderou duas das quatro acusações feitas pela Promotoria que resultaram em processos contra Trump — a da suposta tentativa de alterar o resultado das eleições e a de apropriação de documentos confidendicais da Casa Branca levadas por Trump quando ele deixou a presidência em 2021. Todos os processos acabaram arquivados pelo departamento após a vitória do republicano nas eleições de novembro, com o argumento de que a Constituição norte-americana proíbe esse tipo de investigação contra presidentes. Smith renunciou ao cargo no início deste mês. O procurador-geral interino dos EUA, James McHenry, responsável pelas demissões, disse ter concluído que os demitidos "não podiam ser confiáveis para implementar fielmente a agenda do presidente devido ao papel significativo que desempenharam ao processá-lo". Entre os promoteres demitidos, muitos eram veteranos e tinham experiência em casos de corrupção pública e segurança nacional. A notícia das demissões veio no mesmo dia em que Ed Martin, o principal promotor federal em Washington e indicado por Trump, abriu uma revisão interna sobre o uso da acusação aplicadas em processos contra pessoas acusadas de participar do ataque ao Capitólio dos EUA, em janeiro de 2021, segundo uma fonte. A Suprema Corte dos EUA elevou o padrão legal para esse delito no ano passado, levando os promotores a retirarem a acusação em vários casos. LEIA TAMBÉM EUA estabelecem meta diária de prisões de imigrantes após Trump se decepcionar com os primeiros resultados, diz jornal Mais de 7 mil brasileiros foram deportados dos EUA desde 2020, segundo a PF Cidade argentina instalará cerca na fronteira com Bolívia contra imigração e contrabando Movimentos de Trump Durante a campanha eleitoral do ano passado, Trump já havia ameaçado retaliar promotores que o processaram durante seus quatro anos fora do presidência. O atual presidente e seus aliados passaram a ver o Departamento de Justiça com profunda desconfiança das acusações. Na semana passada, o novo governo transferiu cerca de 20 altos funcionários de carreira do Departamento de Justiça. As movimentações incluem a transferência de Bradley Weinsheimer, o principal responsável pelo setor de ética do departamento, e Corey Amundson, o ex-chefe da seção de corrupção pública. Amundson, cuja seção forneceu conselhos aos promotores de Smith, anunciou sua renúncia na segunda-feira. VÍDEOS: mais assistidos do g1